quarta-feira, 30 de março de 2011

Afinal, o que é um Signo?!

Signos são representações do que queremos passar, os utilizamos diariamente, mesmo
sem perceber. Segundo SAUSSURR: " Um lingüista, partiu do princípio que a língua não
era o único sistema de signos que exprimem as ideais que usamos para se comunicar"
Ou seja, podemos utilizar signos em formas de gestos isso é o mais comum.

Para entendermos melhor o que é um SIGNO, precisamos da ajuda de seus complementos,
o significante (que é a representação, o que quer passar), juntamente com o
referente, ajudam a dar o sentido do significado. Complicado de entender? Não é
muito simples, então lá vai um exemplo:

Fazer sinal com as maõs em forma de coração para alguém é sinal de que eu a amo.

Coração com as mãos é o SIGNIFICANTE, você é a pessoa REFERENTE, que dão a entender
que eu amo você, ou seja o SIGNIFICADO de tudo isso! ?????? Corretoooo?


Grupo: 07

A Sociedade como Sistema de Significação - Grupo 10

O que é significar? Estamos diariamente rodeados de formas e conteúdos. Uma "forma" pode ser considerada como um significante, algo que remete diretamente a um sentido (significado).Um signo então, é tudo que representa a outro objeto.

Nas relações sociais, entende-se que a razão de ser dos elementos que existem é significar, ou seja, produzir significação. Nessas relações estão envolvidas principalmente crenças, valores e expectativas. Tudo deve produzir sentido e significação.

A cultura é uma das principais responsáveis por orientar o comportamento dos indivíduos em sua vida social. As pessoas agem, entendem e atribuem diferentes significados a uma mesma forma de acordo com o ambiente em que vivem e o modo de vida que levam.

Símbolos são formas tidas como verdadeiras, manifestações próprias da realidade. Diferentes de signos que são considerados apenas representações desta realidade. Existem símbolos que são reconhecidos internacionalmente, porém outros só são compreendidos dentro de um determinado grupo ou contexto, religioso ou cultural, por exemplo.

Um bom exemplo que envolve signos, formas e sentidos é o vídeo C'est Pipe, que traz uma animação na qual uma menina passa por diversas experiências em inúmeros ambientes, que são criados a partir de um único objeto: um cachimbo. 

Aline Gonçalvez e Luis Eduardo Bandeira.

Não acredite em tudo o que você vê e ouve por aí

É de conhecimento geral que nem tudo o que parece é. Na maioria das vezes, levamos isso na brincadeira. Mas e se realmente as coisas não são como nós pensamos?

O significado ou o sentido de determinada palavra depende do contexto em que está inserida. Uma mesma expressão pode ter dois ou mais significados, ela pode ser um símbolo, uma expressão, um sentido figurativo ou mesmo uma denominação. É o que se percebe na palavra cavalo, por exemplo. Conforme o uso ou a que se atribui pode significar a denominação de um animal, símbolo de força ou então se refere a alguém ríspido.
Outro fator importante que deve ser levado em conta, é o significado para as diferentes culturas, ou seja, para cada modo de vida, cada civilização, um mesmo termo pode ter alterações de sentido. A apalavra "embaraçada", por exemplo, para os brasileiros significa confusa, já em outras culturas como a espanhola, a mesma palavra - embarazada - remete à uma mulher grávida.
Para entender o significado de cada termo é necessário entender o contexto em que ele se encontra. Levando isso em consideração, podemos entender que não apenas as palavras dependem do contexto. As atitudes das pessoas mudam de acordo com seus costumes. Enquanto no Brasil tchau significa que você está indo embora, na Itália o "ciao" pode ser tanto um oi quanto um até logo.
Além das palavras e costumes, ainda existem as imagens. As fotos ou pinturas são representações de algo, mas não são o que representam. Quando olhamos uma foto não estamos vendo as pessoas naquele pequeno espaço. O que nós vemos, na verdade, é uma representação de como as pessoas estavam no momento em que a imagem tornou-se imortal. Com essa foto, além da imagem, também aparece o sentimento. O que estariam sentindo as pessoas naquela representação? A interpretação pode ser diversa, dependendo dos costumes de cada cultura.
Assim sendo, para conseguir entender o que se passa em cada lugar é preciso estar inserido na cultura do povo, tentar pensar como eles. Se realmente conseguirmos aprender um pouco de cada cultura, poderemos ter diversas interpretações das mais diferentes situações.

Grupo 8: Laura Gomes, Thamires Waechter, Vanessa Costa, Juliana Eichwald e Jonara Raminelli
Moderadora: Laura Gomes

Lévi-Strauss

                                                  
                                              LÉVI- STRAUSS 
  Na aula de antropologia cultural do dia 23 de março, nos foi apresentado o texto “A Sociedade Como Sistema de Significação,onde continha citações de Lévi-Strauss.
  Mas afinal de contas quem é Lévi Strauss? Seu nome completo é Claude Lévi-Strauss, nasceu em Bruxelas, na Bélgica  em 1908, foi um dos grandes pensadores do século 20. Foi antropólogo, professor e filósofo Frances.
  No Brasil, lecionou sociologia na recém-fundada Universidade de São Paulo, de 1935 a 1939, e fez várias expedições ao Brasil central, estudando os indígenas.
  É o registro dessas viagens, publicado no livro "Tristes Trópicos" (1955) que lhe trará a fama. Nessa obra ele conta como sua vocação de antropólogo nasceu durante as viagens ao interior do Brasil.
  O estudioso jamais aceitou a visão histórica da civilização ocidental como privilegiada e única. Sempre enfatizou que a mente selvagem é igual à civilizada. Sua crença de que as características humanas são as mesmas em toda parte surgiu nas incontáveis viagens que fez ao Brasil e nas visitas a tribos de índígenas das Américas do Sul e do Norte .
  Suas pesquisas, iniciadas a partir de premissas lingüísticas, deram à ciência contemporânea a teoria de como a mente humana trabalha. O indivíduo passa do estado natural ao cultural enquanto usa a linguagem, aprende a cozinhar, produz objetos etc. Nessa passagem, o homem obedece a leis que ele não criou: elas pertencem a um mecanismo do cérebro.
  Aos 97 anos, em 2005, recebeu o 17o Prêmio Internacional Catalunha, na Espanha. Declarou na ocasião: "Fico emocionado, porque estou na idade em que não se recebem nem se dão prêmios, pois sou muito velho para fazer parte de um corpo de jurados. Meu único desejo é um pouco mais de respeito para o mundo, que começou sem o ser humano e vai terminar sem ele - isso é algo que sempre deveríamos ter presente".


Eis o homem.....

Postado por:Vania Soares do GRUPO 3-Componentes:Vania Soares,Mariele Garcia,Fabio Felicio e Vivian Ataíde.


Faleceu em 30 de outubro de 2009 em Paris.

"Sociedade Arte"

Bom, como o texto abordado em aula, A Sociedade Como Sistema de Significação, fala sobre a sociedade como uma construção de pensamento, como uma entidade provida de sentido e significado, achamos interessante ilustrar essas visões da mesma forma que a professora ilustrou, com arte e alguns comentários para entendermos melhor essa relação.
Seguem então duas obras de arte de René Magritte, uma já comentada em aula, e algumas considerações feitas pelo artista plástico e filósofo brasileiro Mauro Andriole:

"A pintura é a mais assombrosa das feiticeiras. Consegue persuadir-nos, através das mais transparentes falsidades, de que é a pura verdade."
Jean Etienne Liotard, Traité des principles et des règles de La peinture

Introdução
A relação entre a Arte e a Ilusão é absolutamente indissolúvel.
Somos criadores de símbolos, autores de uma ação natural que se confunde com nossa própria identidade, presente desde que nascemos e que jamais abandonamos durante toda nossa vida. Ernst Cassirer, filósofo contemporâneo, nascido em 1874 na Alemanha, define o homem como um ser simbólico, tal a importância que o símbolo exerce em nosso modo de ser.


FOTO 1
"A Condição Humana", René Magritte, 1933


 
Neste artigo, examinaremos as relações que envolvem a criação de símbolos na arte e um estado peculiar da consciência: o da ilusão.
Qual a origem da ação criadora do artista?
Se o artista, em um dado momento, é tomado pelo desejo de realização da obra, de pôr-se em correspondência com o Belo, trazendo-o à visibilidade na matéria, ele o faz a partir da apreensão simbólica de um dado que ocorre em sua interioridade.
Nela, em sua consciência, algo se ilumina, um objeto se eleva dentre todos os outros, e move-se para uma região distinta, distanciando-se da esfera ordinária onde permanecem os outros objetos do mundo. Da mera aparência vulgar, que anteriormente o igualava a todos os outros objetos, este em especial isola-se para assumir um valor paradigmático, encarnando a essência da Beleza. Ou em outras palavras ele se assemelha ao objeto de onde teve sua origem, por reter sua aparência, mas na verdade ele é outra coisa da mesma coisa, isto é, um símbolo.
O artista não encontra nenhum freio durante esta experiência, nenhum limite, seja ele de qualquer espécie, que o impeça de reter em si as qualidades significantes que iluminam o objeto.
Agora durante sua observação o artista funde-se ao objeto, apreende dele aspectos antes invisíveis, e forja-os em novas cores e formas em sua imaginação, sendo um com ele numa experimentação criativa, vívida. Isto é o que ocorre no ato da reflexão artística em si: um fenômeno da projeção da imagem - do objeto no artista e do artista para o objeto em sua consciência.
Decorre desta relação reflexiva a via para movimentar o processo do vir a ser da obra e também o do ser artista.
Este processo criativo está inteiramente banhado pelas luzes da ilusão – pois, embora o objeto na consciência tenha se transformado e assumido as vestes da beleza, nenhuma alteração ocorreu de fato no objeto a que se refere, assim, fora da experiência estética ele permanece integralmente como era antes em sua aparência e matéria.
Por outro lado, a despeito disto ser um fenômeno mental, nada impede o artista de justificar uma verdade que traz de sua experiência estética – a obra - e o valor real de seu propósito artístico: ampliar a consciência sobre aquele objeto. Ampliação esta, que se estende para o público, que a partir da contemplação da obra de arte, entra em contato com a imaginação do artista, iniciando também um processo de imaginação quanto ao objeto referido.
Deste modo, devido a complexidade que envolve compreender o processo em sua grandeza, nenhuma explicação conceitual, seja de ordem psicológica, filosófica ou sociológica poderia ser completa para abranger todas as facetas desta relação entre o artista, o objeto, a obra de arte e o público. Nenhum argumento científico, mesmo a metafísica não poderá dissuadir a consciência de que por um intervalo de tempo ela envolveu o objeto belo em si e se relacionou com ele acima das noções discursivas, pois a prova disto é que desta experimentação nasce uma nova consciência sobre a própria natureza humana: a capacidade de transcender a razão e manter relações reais com algo claramente irreal.
 
FOTO 2
Portrait d'Edward James por René Magritte
Reprodução proibida - Foundation Magritte
Rotterdam, Museum Boymans-van Beuningen


Quando um objeto, flores ou um animal, uma paisagem ou um corpo humano são vistos pelo artista, nesse mesmo instante, através da imaginação transformam-se numa outra coisa. São agora objetos da ilusão, paradoxalmente reais para ele, são agora mais do que eram simplesmente, porque revestem-se de outra matéria luminosa, estranhamente imaterial, e assumem simbologia num contexto extraordinário, íntimo, que dialoga com seu imaginário de artista.
Assim, o processo do vir a ser belo, seja o da flor, da paisagem, do corpo humano - no curso livre de sua efetivação estética, tornam-se um outro objeto – exposto na obra - encerrando a potência de uma ilusão encantadora.
E assim, ainda que ela, a obra, retenha em si a aparência de uma flor, de uma paisagem ou de um corpo humano, ela é em verdade apenas representação, a ilusão de ser o objeto da experimentação do artista. Isto porque ela dissimula materialmente ser o que de fato era imaterial e portanto, não passa de um simulacro ilusório, um encantamento luminoso capaz de evocar na imaginação do público formas emocionais semelhantes as que sentiu o artista.


Mauro Andriole
31 Julho 2010

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Esperamos que os textos tenham ajudado a compreender os assuntos tratados em aula. De certa forma, a sociedade é como uma obra de arte, a ela o homem atribui sentidos, constrói significados a partir de códigos e informações, tanto consciente como inconscientemente, e passa a se relacionar com a mesma.

Fonte:

Grupo 9: Ana Cláudia Müller, Andréia Bueno, José Roberto S.C. Sobrinho (moderador), Lindiara Hagemann, Maira Farinon.

terça-feira, 29 de março de 2011

FUNK RIO - A "evolução" de uma cultura

Não há classe social para o funk, mas se engana em quem pensa que sempre foi assim.

O surgimento do funk no Brasil, veio por volta de 1970 no Rio de Janeiro. Um ritmo que embalava somente a favelados, mais tarde passou a embalar todas as classes sociais brasileiras, mas é claro que há muito preconceito por parte de algumas delas, ou melhor, pela maior parte.

Muito mudou desde que foi feito o documentário FUNK RIO, os bailes, letras, ritmo e a própria dança, são as mudanças mais perceptíveis, porém a essência continua lá. Nos bailes Funk, principalmente nos de Rio de janeiro, havia uma divisão de guangues ou grupos que se formavam de acordo com o local que moravam na favela. O ritmo era mais de "batidão", mistura de rap com o funk atual. A dança era parecida, porém havia mais coreografia entre os funkeiros do baile, entre passos e gestos. 

Em Santa Cruz do Sul, o funk é um estilo de música muito facil de encontrar. Várias casas noturnas da região tocam o ritmo em festas e confraternizações.

Para pegar alguns pontos de vista, nesta postagem, daremos nossa opinião sem fazer a junção das idéias, para que fique claro o que cada um pensa a respeito do estilo musical.

Opinião pessoal sobre o Funk (Gustavo Gerhard): "O Funk é muito difamado pela sociedade, dou muita razão em certos pontos e discordo em outros. O baile funk carioca é realmente um lugar onde o tráfico e violencia, digamos que é a marca da "festa". Mas quem faz a violencia acontecer não é o ritmo e sim os marginais que frequentão os bailes. 
As casas noturnas de Santa Cruz tocam funk e agitam toda a massa. No momento que o funk sai da favela e as pessoas que vão as boates não são as mesmas do baile funk, o funk ganha outro sentido, outra forma. Para mim, o preconceito com quem gosta de funk é injusto neste ponto. Mas dai vai da consiencia de cada um. Na minha opinião não há batida melhor que a de funk e sem duvida o melhor ritmo musical para dançar é o já tão falado FUNK."

Opinião pessoal sobre o Funk (Eduardo Mesquita): Provavelmente o momento mais alegre de uma festa hoje em dia será a hora em que começar a tocar funk, isso é fato. Eu nunca fui muito fã da música Funk, mas não vou negar que há alguns anos atrás eu dançava junto com meus colegas em alguma festa, simplesmente pela integração que o ritmo proporcionava. Tinhamos ótimas letras e muitas com conteúdo, infelizmente nesse sentido houve muita decadencia ao meu ver, hoje em dia qualquer um inventa 3 palavras e misturado a um ritmo, muitas vezes já existente, se torna um hit. Sem contar na vulgarização, o funk é um estilo de música que expõe a sexualidade, mas ultimamente isso tem ficado fora de controle, muitos grupos simplesmente esquecem a cultura que um dia o Funk foi e apenas fazem uma música obscena com mulheres semi-nuas para chamar a atenção. Concluíndo, o Funk já foi muito bom tanto para escutar em casa como para dançar com amigos em uma balada, porém isso se perdeu e muitos que gostavam antigamente começaram a odiar devido ao "novo" estilo, fazendo assim a atual má fama e preconceito contra tal música.

Grupo Eduardo Mesquita (Moderador), Gustavo Gerhard e Diego Dettenborn

quinta-feira, 24 de março de 2011

Documentário: Funk Rio - Grupo 10

FUNK RIO é um documentário que trata sobre a cultura funk no Rio de Janeiro nos anos 90. Eram realizadas "festas" aonde a comunidade se encontrava para curtir. Eram vários grupos de favelas diferentes juntas, o que acabava muitas vezes ocasionando brigas e até mesmo os chamados "arrastões", muitas vezes ocorridos nas praias, aonde diversas pessoas acabavam feridas. Estes arrastões eram mal vistos pela imprensa, a qual julgava serem feitos unicamente para roubar os cidadãos. Arrastões não passavam de brigas de grupos rivais em grande número. Por acontecerem furtos esporádicos, a mídia e a polícia se aproveitaram disso para rotulá-lo como um "assalto coletivo".
 
O funk para estas pessoas era um modo de expressão, de demonstrar nas músicas e dança o que pensavam e/ou sentiam. O documentário consegue mostrar muito bem este lado deles, pois conta com relatos de diversos participantes destas festas. O mais interessante de se notar, é a cumplicidade e parceria que uns têm com os outros, como mostra amigos ajudando um cadeirante a ir até o local da festa junto com eles. Também destacam seguidamente no filme, que eles não são "bandidos", apenas por frequentar bailes funks. Afinal, de um modo ou de outro, funk também é cultura, cultura mais acentuada ainda para estes meninos e meninas do Rio de Janeiro.

Aline Gonçalvez e Luís Eduardo Bandeira.

quarta-feira, 23 de março de 2011

Funk de Raíz: Movimento Cultural. Grupo 5


O documentário mostra, através de quatro jovens que moram no subúrbio do Rio de Janeiro, o universo do funk carioca, suas ligações com a marginalidade, a música e a dança desta tribo que está criando no isolamento um novo código estético e cultural. Alguns observadores do movimento funk acreditam que ele seja equivalente — em crescimento numérico, repressão policial e localização — ao maior fenômeno cultural carioca, hoje internacionalmente conhecido: o carnaval.

A mina do funk carioca hoje está na Cidade de Deus, na zona oeste do Rio, conhecida pela violência e pelo filme de Fernando Meirelles. É quase sempre lá que, depois do garimpo, surgem os sucessos que vão estourar. A favela tem uma indústria do funk. São cinco estúdios em que é possível gravar uma música com R$ 40. Por mês, são produzidos 30 candidatos a hits - volume suficiente para encher dois CDs. 'Hoje, acho que a Cidade de Deus está abençoada', diz Marlboro. 'Quando se fala de funk, é lá que tudo acontece.' Segundo suas contas, ele já lançou com sucesso mais de cem artistas.
Em meados dos anos 90, há uma pequena reviravolta no mundo Funk. As equipes de som promovem Festivais de Rap's nas favelas onde haviam bailes e lançam em discos as gravações lá realizadas. Assim surgiram os MC's cantando funk nacional, conhecido como RAP. Demos identidade a tudo que era chamado de clássicos, antigo e/ou velho. Hoje, a história dos artistas que legitimaram o Funk como movimento cultural e genuínamente carioca foi qualificada e eternizada como Funk de Raiz.

 “O funk ainda hoje é visto como algo menor por ser fruto da realidade das comunidades mais carentes, mas é importante culturalmente e merece ter seu espaço garantido”.


Lucas Dion Kist (Moderador), Julia Ipê, Larissa Assis, Júllian R. Fischer e Cássio Souza.

O Funk como Representação - Grupo 4

A cultura é como uma lente através da qual o homem vê o mundo” Ruth Benedict.

Para alguns apelativo, pobre de conteúdo e excessivamente sexual. Para outros, um meio de sociabilização, de expressão e auto-representação.
O que é e o que não talvez não importe. O interessante é que amando ou odiando, todos temos uma opinião sobre a cultura do funk.
Na aula passada de antropologia cultural assistimos ao documentário “Funk Rio” de 1994, (inclusive ganhador do Prêmio de Melhor Vídeo, Melhor Edição e Menção Honrosa no 18º Guarnicê de Cine-Vídeo), onde tivemos a oportunidade de tecer e discutir nossas opiniões, a do diretor do documentário e dos próprios “analisados”.
Baseado na rotina de frequentadores de baile funk, o documentário, que apresenta o nascimento do funk no Brasil e a organização dos bailes na favela talvez até reafirme algumas questões já tão discutidas em outros meios: a banalização da sexualidade, a violência, as diferenças sociais, os esteriótipos, a marginalidade. Mas sob outro ponto de vista, o documentário nos permite um olhar sobre as explicações e manifestações culturais que acabam por caracterizar um grupo.
Desde as diferenças de comportamento de um sujeito como indivíduo ou como parte do coletivo, suas trocas simbólicas, suas formas de expressão fazem parte de uma construção de representações.
O funk chegou ao Brasil com um formato mais americanizado e conforme a interação com o coletivo, foi incorporando e apropriando características que o tornaram um movimento plural na sua abrangência, popular, divisor de opiniões, singular dentro das suas particularidades e com fronteiras simbólicas bem definidas.

GRUPO 4: Adalberto A. de Souza, Ana Carolina Nunes Frantz, Mirele da Rosa von Diemen e Tanara Iser
Moderadora: Tanara Iser

Na batida do baile funk

Todos procuramos uma forma de diversão, seja pela música, leitura, filmes ou qualquer outro tipo de manifestação cultural. Na aula de antropologia do dia 16 de março, assistimos um documentário sobre o Funk no Rio de Janeiro. Embora tenha sido gravado alguns anos atrás, sua mensagem continua clara. O funk, como qualquer outro tipo de música, é um meio para expressar o que sentimos. A fama dos bailes onde toca esse tipo de música é de confusão. As cenas conhecidas da mídia são de brigas e curtição da noite. Sim, existem pessoas que vão para a noite com o propósito de brigar. Porém, também existem outras pessoas que gostam desse estilo musical e que desejam apenas aproveitar a noite para dançar e se divertir.

Considerando que a mídia aborda os casos de confusão nos bailes funk e não as pessoas que vão para se divertir, precisamos deixar o preconceito de lado. Não existe só confusão na noite. Não existe só assalto. Coisas ruins podem acontecer em qualquer lugar, não necessariamente só neste tipo de local.



Grupo 8: Laura Gomes, Thamires Waechter, Vanessa Costa, Juliana Eichwald e Jonara Raminelli
Moderadora: Laura Gomes

"Funk Rio" - Grupo 1

Nos início dos anos 90’, o funk tocado nos bailes cariocas era 100% de origem norte-americana. Hoje, a música funk produzida nas periferias das grandes cidades brasileiras já se solidificou como um ritmo próprio do Brasil. Uma cultura do funk que conquistou o país, com a sua dança de requebros provocantes, e roupas características. Top’s e short’s curtos e masi que reveladores, que até hoje escandalizam as classes mais conservadoras do país.
 Contudo, antes do funk carioca se tornar moda nacional, o ritmo já havia conquistado jovens de comunidades pobres do Rio de janeiro. Mais do que um documentário sobre as origens do funk carioca, o filme “Funk Rio” é um testemunho da vida de jovens que enfrentam continuamente estigmas sociais que lhe são impostos: ser preto, pobre e favelado. Onde os desentendimentos e conflitos sociais, alimentados por antigos, mas poderosos preconceitos, alimentam a dicotomia entre o "morro" e o "asfalto". Construindo um conceito viciado de bailes funk's como manifestações da natureza violenta da juventude pobre (e negra) carioca.
Comp: Marisa, Mitiele e Vinícius.

O Rio é Funk! O Funk é Cultura!

           Dia 27 de maio de 2008, foi aprovada uma lei que estabelecia uma série de normas para realização de eventos como raves e bailes funk em comunidades do Rio de Janeiro. Exigências como pedir a autorização à Secretaria de Segurança Pública com, no mínimo, 30 dias de antecedência, apresentar um comprovante de tratamento acústico para o local da festa e contratar uma empresa de segurança que tenha autorização da Polícia Federal, levaram a lei a ser vista como uma proibição desses eventos populares. O autor de dessa lei foi o deputado cassado Álvaro Lins, ex-chefe de polícia no governo de Rosinha Garotinho e o objetivo era diminuir o tráfico de drogas e a violência que estava fora de controle nesses tipos de festas.
Mais de um ano se passou e depois de muitos protestos e bailes proibidos acontecerem, dia 1º de setembro de 2009, os deputados estaduais do Rio votaram a favor da revogação da lei e na mesma sessão aprovaram o projeto de lei que define o funk como movimento cultural. Segundo a assessoria da Assembléia Legislativa do Rio (Alerj), que aprovou a lei de Álvaro Lins e depois a revogação dela, os assuntos relativos ao funk passariam a ser tratados, prioritariamente, pelos órgãos de cultura do estado.
Desde os fatos citados os bailes funk acontecem com frequência em todo Rio de Janeiro e na maioria das vezes ainda são relacionados ao crime, ao tráfico, à violência. Frequentemente a polícia sobe os morros para interromper bailes e apreender armas e drogas mostrando que, realmente, esses eventos podem sim representar perigo para a sociedade e para os jovens moradores das comunidades onde eles ocorrem. No entanto organizações como a Apafunk (Associação dos Profissionais e Amigos do Funk), formada por jovens do Rio que vivem desse movimento e o filme etnográfico passado na aula de Antropologia Cultural nos mostram um outro lado dessa história, lado em que o movimento funk aparece como produto da desigualdade em nosso país, como grito de liberdade do jovem negro e pobre que mora na favela, e que além de sua relação com a violência e com o crime, ele pode ser uma forma desse jovem esquecer de todos problemas que o rodeiam e se divertir.
A verdade é que ao longo dos anos ficou cada vez mais difícil dissociar o Funk do crime no Rio de Janeiro, os bailes funk então se tornaram um exemplo de festa da criminalidade, mas também é claro que se nos interessarmos em saber como as coisas realmente acontecem e porque, é bem possível que façamos essa separação e enxerguemos o Funk como movimento cultural do povo brasileiro.
Para ilustrar o que foi dito segue um depoimento da nossa colega Ana Cláudia Müller que passou alguns anos morando no Rio e frequentou bailes funk e as algumas comunidades de lá:


Vista do quarto da Ana.



Antes o funk era um movimento que retratava o cotidiano nas favelas. Falava de pobreza e violência. Era cantado e dançado em bailes nas comunidades. Caracterizava essa parcela marginalizada da sociedade. No entanto, o funk, com seu ritmo dançante, ganhou espaço e hoje é um dos preferidos em festas no “asfalto” carioca e chegou até aqui no sul.
Quem não conhece “Claudinho e Buchecha”? Com eles, as letras de funk ganharam outros temas, mais românticos e menos politizados. Quem nunca foi em uma festinha onde as músicas que animavam eram o funk da dupla? Foi assim que eu conheci essa batida. Nas antigas festinhas de garagem tinha que tocar “Xereta”, “Nosso Sonho”, “Só Love” e tantas outras. A partir daí vieram outros hits que viraram febre por aqui. Até entrar na onda dos proibidões. As mães enlouqueciam quando escutavam a gente cantando, empolgadíssimas: “67, patinete, abre as perna a gente...”. Vale lembrar que na época a gente nem entendia o que estava cantando.
Desde esse tempo, sempre gostei de funk. Não pra ouvir em casa, num momento zen, mas quando tocava nas festas eu ia à loucura. Mas eu só fui entender o que é o funk mesmo e o que esse estilo musical significa de verdade quando eu passei uma temporada morando no Rio. Fiquei 4 anos por lá (ótimos anos por sinal). No começo, não perdia a festa “Eu amo baile funk”, que acontecia no Circo Voador, um lugar freqüentado pela classe média no meio da Lapa. Os funkeiros cantavam antigos hits, alguns que eu nunca ouvi, que nunca chegaram aos nossos ouvidos aqui no sul. Músicas que, sem usar palavras de baixo calão e sem falar em violência, contavam um pouco da realidade de quem vivia na favela. “Era só mais um Silva, que a estrela não via. Ele era funkeiro, mas era pai de família” virou a minha favorita.
Mas não pára por aí. Depois de dois anos, fui pela primeira vez ao verdadeiro baile funk carioca. Conhecido como “Castelo das Pedras”, o baile fica em meio a comunidade do Rio das Pedras, um local onde quem manda é a milícia. Essa festa era patrocinada pelo dono do local, um ex policial militar que agora não me lembro o nome. Só sei que vi no telejornal uns anos mais tarde que o cara foi morto pela polícia. No “Castelão” (apelido carinhoso) era possível distinguir exatamente quem era quem e a que classe pertencia. Quem vinha na Zona Sul (era meu caso) ficava no camarote, que na época custava 7 reais. Já o pessoal da comunidade ficava agitando na pista. Era gritante a diferença e como as pessoas não se misturavam por nada. A preferência da classe média e alta pelo baile do Rio das Pedras tinha uma explicação. No local não tinha tráfico de drogas, portanto, era considerado “seguro”.
O mais marcante pra mim aconteceu quando eu entrei num grupo de teatro chamado Nós do Morro. Era uma escola, um projeto social e ao mesmo tempo uma Companhia profissional que tinha sua sede no meio da Favela do Vidigal. Me apaixonei pela causa, pelo lugar e pelas pessoas. Entendi o conceito de comunidade, e, é claro, conheci o baile funk de lá. No Vidigal quem manda é o ADA (Amigos dos Amigos, o antigo Terceiro Comando) e são eles que patrocinam os bailes que acontece sempre nas sextas feiras, na rua mesmo. Um dia, morrendo de medo, acompanhada pelos meus amigos de lá, fui ao tal baile. Tirando os homens armados (como se não fosse o suficiente) o resto é como nos outros locais. Pessoal dançando até o chão, “quicando”, fazendo a festa. Sempre vemos na tevê que a sem-vergonhice (pra não usar outras palavras) rola solta nesses locais, mas estando lá eu nunca vi, ou seja, não é tão explicito assim. No meio da madrugada, entre uma música e outra, começa a tocar uns funks com letras enaltecendo essa facção e falando mal do Comando Vermelho. Foi aí que eu me lembrei que eu não tava na “Disney”, e que sim, qualquer coisa podia acontecer. Hora de ir embora. Voltei ao baile do Vidigal mais algumas vezes, sempre acompanhada dos meus amigos de lá. Por forças maiores, acabei indo morar no morro e percebi que chega uma hora que, lamentavelmente, a gente se acostuma com os homens armados e começa a se sentir razoavelmente tranqüila, até para ir ao baile.
Nesse tempo que passei no Vidigal, conheci pessoas que ganharam vida fazendo funk. Aí tu percebe que tem muita gente boa e talentosa se destacando e ganhando uma chance de melhorar de vida assim. É o caso do MC Bala. Ele estourou no funk carioca com a música “Desce com o Bala, oiê!”. Como ele era meu vizinho, vi ele comprar um carro, trocar de carro, colocar uma piscina na “laje”. Tudo isso com o dinheiro que ganhava fazendo shows. Perguntava pra ele: “Porque tu não aproveita e compra uma casa ou um apartamento fora daqui?” Resposta: “ E sair do Vidigal, nunca!” Ok, o pior é que, em partes, eu entendo.

Ana Cláudia Müller

Fontes:




Grupo 9: Ana Cláudia Müller, Andréia Bueno, José Roberto S. C. Sobrinho (moderador), Lindiara Hagemann, Maira Farinon.

"É nós! Fé em Deus!" Haha!

segunda-feira, 21 de março de 2011

“E o que é que deu? Funk na cabeça” ♫

O documentário Funk Rio, produzido em 1994, sob a direção de Sérgio Goldenberg, mostra o universo do Funk e seu código estético e cultural.

A classe social, o modo diferente de dançar, falar e vestir, as brigas como ritual de afirmação, e a música em si, são características peculiares do Funk. Entram aí as ligações com a marginalidade. A herança cultural condiciona o homem a basear o comportamento do outro em sua própria convenção cultural. Por exemplo, presenciar funkeiros amontoando-se e dançando livremente na pista, enquanto brigas acontecem ao lado, pode ser sufocante. Imaginar-se participando disso pode ser assustador para alguém que não pertence a esse meio.

O mundo é composto por várias sociedades, cada uma com seus “rituais”. E como a cultura condiciona a visão de mundo do homem, faz-se pensar que seu modo de vida é o mais correto, havendo assim, uma discriminação com os que são diferentes.

Segundo Roque de Barros Laraia, “o modo de ver o mundo, as apreciações de ordem moral e valorativa, os diferentes comportamentos sociais e mesmo as posturas corporais são assim produtos de uma herança cultural” e à propensão em considerar o seu modo de vida como o mais correto e o mais natural chamamos etnocentrismo. Reconhecer que sua “tribo” não é o centro da humanidade não o enriqueceria muito mais do que o discurso superficial “o que é diferente não me serve”?

O Funk é uma cultura antiga. No Brasil ele chegou na década de 70 e trouxe o hit norte-americano como tendência. O ritmo que até então estava instalado no estado Carioca, hoje anima festas em todo o país. Embora esteja concentrado e incorporado principalmente nas favelas e bairros mais pobres de diferentes comunidades, o gosto pelo novo som chegou até às classes mais privilegiadas da sociedade brasileira.

É engraçado! Nós gaúchos, distantes daquela realidade, enxergamos o Funk do Rio, como um evento do crime organizado e do tráfico de drogas. É isso que vemos na tevê, não é mesmo? Mas será que é assim? Mas e o funk aqui? No playlist de qualquer festa ele vai tocar, porém, sua preferência, independente do lugar, vai estar ligada a uma esfera menos favorecida. Infelizmente! Ou alguém conhece um membro da alta sociedade que curte a badalação das batidas? É apenas uma cultura. Muitas vezes não é nem uma questão de preferência, mas de tradição.

Fazendo uma comparação do funk do início dos anos 90, retratado no documentário, com o dos dias de hoje, percebe-se que a essência não mudou. No entanto, fica cada vez mais usado como uma resistência às milícias. Principal alvo da polícia, do baile funk nasceu o "proibidão". O nome foi dado para se referir a esta expressão musical, que através das letras reflete a violência e os enfrentamentos entre traficantes e policiais nos bairros mais pobres das cidades brasileiras.

É uma visão diferente. Um lugar onde passos de break se combinam a trenzinhos. Onde 'os manos' vestem boné e tênis de marca e as 'mina' prezam o melhor shortinho. Não deixa de ser uma imitação.
É na cultura norte-americana e nos grandes astros do hip hop que buscam se espelhar. E contaminou, hoje é uma expressão que deixou de fazer parte apenas do subúrbio do Rio de Janeiro. E o ritmo é forte. De quarta a domingo o compromisso é um só. Ter a 'grana' para  a entrada do baile. Curtir um som em inglês, sem mesmo entender uma palavra. Como os personagens do documentário mesmo definiram: “é o fenômeno cultural dos pobres”.

O sucesso veio aliado a um trabalho de divulgação. Favela também ganhou estúdio e produtora de cd's. As mídias e redes sociais colaboraram para a expansão e o reconhecimento de dezenas de artistas que saíram da favela, para brilhar em palcos nacionais.

Se nos anos 90 a economia era em Cruzeiro e o Brizola, o governador, o tempo mudou a moeda e a política. Mas no poder continuam os favelados. Afinal, segundo eles, é lá que eles desabafam. “A gente vibra com a violência”.

Boa reflexão!

sexta-feira, 18 de março de 2011

Olá galera!


   Estamos Iniciando nossas postagens no blog. Como primeiro assunto comentaremos o documentário visto em aula "FUNK RIO".
   O documentário produzido nos anos 90, apresenta o universo do funk carioca, como ele foi inserido nas comunidades e o que ele simboliza para os moradores. Deixar de trabalhar nas segundas-feiras, comer algo inferior ao que podiam, economizar, comprar roupa nova, tênis bacana. Tudo em troca da diversão.
   No entanto há também um outro lado nem tão divertido. O baile é marcado pela presença de "galeras" que se posicionam em locais demarcados da pista, e passam a noite se desafiando. Por conta disso, a classe média acaba igualando os funkeiros, às ditas galeras, quando na verdade boa parte dessas pessoas querem apenas divertir-se.
    Em uma mistura de características o documentário mostra uma nova cultura trazida pelo povo do subúrbio carioca, e o preconceito criado contra todos os freqüentadores de baile funk, quando na verdade a violência é gerada apenas por certos indivíduos, já mal intencionados.

Grupo n°3: Mariele Fernandes Garcia, Vivian Porto Ataíde, Fabio Felicio, Vania Iara Soares. 
Moderadora: Mariele